quinta-feira, 26 de novembro de 2015

53 anos da Copagra

Todos os investimentos necessários foram feitos após o saneamento financeiro da Cooperativa (o grande endividamento que se refinanciava todo ano), e por isso os projetos de novos investimentos, em face da crise (há muito alardeada em outros países e que fatalmente chegaria, como efetivamente atingiu o nosso país, mormente desde 2014), tiveram de ser procrastinados. Várias novas medidas, por outro lado, então (desde o início de 2014), precisaram ser tomadas: Redução e contenção de despesas; Tomada de empréstimos de longo prazo; Exportação de produtos (para ampliação de mercado e criação de demanda); Melhoramento de logística (para evitar gastos com movimentações de produtos); Criação de depósito próprio (expurgando gastos com locações e movimentações); Aquisições de insumos antes da alta do dólar; Trabalhar com pouco estoque e dentro dos orçamentos projetados; Cobrança dos inadimplentes, etc.
              
Algumas ações precisaram ser implementadas para adequar a Cooperativa ao mercado, e para não haver descasamento entre a entrada de dinheiro e pagamento, como a cobrança à vista nos postos de combustíveis e redução dos prazos nas vendas de insumos. Ora, se os fornecedores pedem o pagamento adiantado (combustível) ou com prazo menor (insumos) não há como a Cooperativa financiar esse prazo (até a época da colheita), sob pena de estar pagando para vender (pagar para trabalhar). Ou seja, a Cooperativa precisar gerar resultado positivo.
              
Na crise, como dito em outra ocasião, é a oportunidade para soluções porque permite àqueles que estão sob pressão de mostrar novas habilidades, mas dentro de uma Cooperativa os riscos precisam ser bem calculados para que não se volte àquele passado conturbado de endividamento sem fim.
              
É preciso que os Cooperados compreendam e sintam-se, como donos que são, na condição e no momento de contribuir, seja comprando, entregando a sua produção, seja promovendo mudanças em seus hábitos, pagando em dia (para não prejudicar o fluxo de caixa), seja entendendo as mudanças e adequações ao mercado, promovidas pela cooperativa. Felizmente a maioria dos Cooperados costuma honrar seus compromissos.
              
Os 53 anos da Copagra, completados no dia 18 de novembro deste ano, demonstram que houve confiança para que a Cooperativa pudesse alcançar esse tempo de existência, e isso é motivo de comemoração e regozijo.  Mas a Cooperativa não sobrevive somente de credibilidade, é preciso também atitude do cooperado, ajudando e participando de forma contributiva com o resultado.
              
Não basta reclamar, também é necessário apontar os caminhos, concorrer ao lado para promover o desenvolvimento da sua empresa. Sim, porque o Cooperado sendo o dono da Cooperativa deve estar sempre apoiando, somando e multiplicando seu próprio negócio!


Jonas Keiti Kondo

Diretor Presidente da Copagra

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PROJETO ABC: ótima oportunidade para os produtores rurais.

            A  agricultura brasileira tem mostrado sua força e vitalidade nos últimos anos, sendo indispensável para o crescimento da nação. Ela cada vez mais interfere nos mercados e impulsiona novos nichos de negócios. Para comprovarmos sua magnitude, basta recorrermos à produção brasileira de grãos que bate seguidos recordes. Com ela, alimentamos nosso povo e muitas outras nações.
            Mas como qualquer outra atividade, para sustentabilidade do planeta, é preciso reduzir as agressões ao meio ambiente e as emissões de gases poluentes. Assim, precisamos repensar nossa forma de produzir mais e de maneira sustentável, por intermédio da promoção de técnicas agrícolas sustentáveis de forma a mitigar e reduzir as emissões de gases no campo. E a agricultura brasileira é um dos setores econômicos nacionais comprometidos com a redução de emissões de gases de efeito estufa.
            No momento se busca a produção agrícola e pecuária que garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e aumente a proteção ao meio ambiente. Nos últimos anos, o governo federal deu um grande passo para que os agropecuaristas verdadeiramente abracem a causa. Por meio  do Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) incentiva a manter a alta produtividade no campo, oferecendo condições para efetuar investimentos necessários e incorporar as tecnologias alternativas ao longo do processo produtivo.
            Financiando atividades tradicionais no campo, espera-se que o país dê um novo salto de qualidade na produção rural, criando e ampliando mecanismos de estímulo a práticas agronômicas que compatibilizem aumento de produção, especialmente de alimentos, e respeito e preservação ambiental.
            O Programa ABC atua em cinco frentes: recuperação de pastagens degradadas; incentivo à formação de sistemas produtivos que integram lavoura, pecuária e florestas; expansão do plantio direto; aumento das áreas cultivadas onde se incentiva a fixação biológica de nitrogênio; e, finalmente, ampliação da área com florestas plantadas. Toda atividade agrícola e pastoril que busque a sustentabilidade pode ser incluída e, nos seus desdobramentos futuros, planos de safras sucessivos também deverão incluir novos incentivos.
            Os produtores contam com um limite de financiamento de R$ 1 milhão por  CPF, taxas de juros de 5,5% ao ano, com prazo para pagamento de 5 a 15 anos, dependendo do projeto.
            Nunca um governo ofertou tanto dinheiro ao agricultor! É preciso entender que os agricultores devem, então, em contrapartida, aproveitar o incentivo governamental para produzir mais!
            Como um dos princípios da cooperativa é ofertar mecanismos para a evolução rural, a Copagra firmou convênio com o Banco do Brasil para que os produtores rurais associados tenham acesso facilitado para aderir ao Programa Agricultura de Baixo Carbono. Para isso trouxe técnicos especializados no programa para esclarecer e informar os gerentes, encarregados e técnicos agrícolas e pecuários das unidades, das formas e meios de idealizarem os projetos. Em busca de aumentar a divulgação, a cooperativa tem realizado reuniões com os produtores, nas unidades, centros comunitários e outros, onde são apresentados as formas de acesso às linhas de crédito. Com auxílio da área técnica das unidades, oferta meios, como confecção de projeto técnico específico, a ser apresentado a instituição bancária para liberação do capital. Espera-se que o acesso ao crédito fique mais fácil.
            Mesmo assim, há muitos produtores na região que ainda não conhecem essas linhas de crédito. Para citar, até o momento, na agência do banco, instalado em Nova Londrina, foram apresentados apenas três projetos que aguardam a liberação dos recursos.  Em outros locais, como Sapopema (Pr), agropecuaristas  já se  beneficiam com ganhos de renda com a implementação de tecnologias que garantam eficiência em suas propriedades.  Um deles é Denis Leonel, criador de gado, que soube como utilizar a área de assistência de uma cooperativa e de agentes de crédito capacitados na hora de buscar financiamento do Programa ABC. Ele financiou a aquisição de matrizes bovinas para sua propriedade e o plantio de floresta. A cooperativa elaborou o projeto e ele apresentou junto à agência do Banco do Brasil. O trâmite foi rápido. O dinheiro entrou na conta e já está implementando o plantio de floresta junto com a pecuária.  Ele lembra que um dos fatores principais para a rapidez no atendimento foi o auxílio dos técnicos na hora que pediu o crédito junto ao banco.
            De fato, o governo federal deu uma grande contribuição para agricultura sustentável. Agora é preciso que os produtores rurais se envolvam neste programa. Uma coisa é certa: ele não foi implantado para beneficiar este ou aquele governo. Chegamos àquele momento da história em que diferenças culturais, políticas e sociais tornaram-se secundárias diante de um desafio maior. A cooperativa está fazendo sua parte, ajudando o governo e o Banco do Brasil a divulgar e a difundir o projeto. É preciso abraçar o programa ABC, porque com essa ajuda, estaremos contribuindo para que a fome não seja mais uma ameaça a pairar sobre a humanidade.


Dr. Jonas Keiti Kondo

Presidente da Copagra

Mensagem aos Cooperados – Novos Investimentos

A Copagra, seguindo suas metas de saneamento, modernização, reestruturação e aproximação dos cooperados, vem desenvolvendo um trabalho voltado a investimentos em renovações especialmente de maquinários, frotas de veículos e tratores, com o fito de se evitar gastos dispendiosos com manutenções.

Citando, por exemplo, os casos de tratores do setor agrícola, onde somente para manutenir consumia-se cerca de R$ 500 mil, assim, os valores até agora gastos com manutenções compensam os investimentos em máquinas novas e modernas, porquanto além da rentabilidade maior (tempo de horas máquinas) dos serviços, melhora-se a qualidade do trabalho produzido, e os valores economizados da conservação são utilizados para abatimento das parcelas do financiamento dos novos. Foram feitas cotações com quatro empresas e o melhor preço obtido venceu a disputa.

Com esse espírito foram adquiridos oito tratores novos e duas carregadeiras. Novas aquisições estão no plano até o final do ano.

Nesta administração ainda foram adquiridos 09 veículos novos e um caminhão 0km, também em substituição aos antigos que davam alto custo de manutenção.
Nas lavouras do mesmo modo, para evitar a ocorrência de redução de produção canavieira, desde o ano passado a cooperativa vem investindo maciçamente, na medida de seus recursos, em renovações e plantio de novas áreas.

No ano de 2011 foram plantados/renovados um total de 2.017 hectares e neste ano está previsto aproximadamente mais 2.500 hectares.

A meta, se continuar a procura por parte de cooperados, é de aumentar ainda mais as nossas áreas de plantio neste ano.

No ano anterior ainda foi adquirido mais um posto de abastecimento de combustível (Querência do Norte) com vistas a atender maior número de cooperados.
Para facilitar a vida dos cooperados, além da qualidade de atendimento indicado a todos os colaboradores, gerentes e encarregados, um corpo de técnicos agrícolas e veterinários vem desenvolvendo um trabalho de recuperação e atendimento diferenciado.
Parcerias com a Nutrijara, fez com que a cooperativa pudesse dar ao cooperado a opção por várias fórmulas de ração de alta performance, com a marca Copagra.

A parceria com a Cocamar também fez aumentar a recepção de grãos de soja, além do orçado.

O arroz embalado pela Cooperativa passou de 700 fardos/mês para 8.000 fardos/mês vendidos. Novos investimentos nesse setor estão sendo elaborados (projetos de viabilização), planejados, para, em breve, poder ser executados.
Investimentos na área de produtos oriundos da mandioca também estão sendo traçados para viabilização do setor com melhor rentabilidade.

As dívidas foram reduzidas em R$ 20,5 milhões, conforme balanço apresentado, e vários números positivos, há muito não obtidos, foram conseguidos com nova metodologia de trabalho e ajuda dos cooperados e colaboradores.

O mais importante de tudo foi a recuperação de credibilidade da Copagra junto às instituições financeiras, aos fornecedores, aos colaboradores e, mormente aos cooperados, que voltaram a acreditar na sua Cooperativa e a sentir-se novamente proprietários dela, apresentando sugestões e consumindo os produtos e serviços.


Muito obrigado a todos pela participação e confiança!


Jonas Keiti Kondo
Presidente da Copagra


Novo Código Florestal

No primeiro semestre, o Congresso Nacional aprovou as modificações da proposta que atualiza o Código Florestal Brasileiro. Após meses de negociações entre ruralistas e ambientalistas, com avanços e recuos, o projeto foi aprovado, graças a uma visão madura e concisa dos deputados federais que usaram do bom senso para depositar seu voto ao projeto de reforma. O novo Código é um grande avanço nas melhorias legais da sociedade brasileira, estimulando a convivência harmoniosa e conceitual entre defesa da natureza e produção, o que é de interesse geral de toda a sociedade brasileira.

O projeto aguarda aprovação do Senado.  Ainda não tem data definida para a votação, já que precisa ser analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça, de Agricultura e de Meio Ambiente.

A reforma do Código Florestal, bem como a questão da reserva legal e a das áreas de preservação permanente, tem sido temas recorrentes em matérias jornalísticas nos últimos meses, em função dos debates vivenciados por ruralistas e ambientalistas, com a participação do Ministério do Meio Ambiente.
O debate se tornará novamente acirrado a partir do momento em que as ONGs (Organizações Não Governamentais) - “ligadas à preservação ambiental” – realizarem novamente uma mobilização nacional para pressionar os senadores para que façam emendas ao projeto do novo Código, como aumento de área destinada as APPs e de Reserva Legal.

Pelos lados dos agricultores, nos últimos dias pouco se vê,ouve ou lê nos veículos de comunicação, a respeito de mobilização a favor da aprovação do Código sem emendas. Apenas um pequeno grupo de agricultores e representantes sindicais do Rio Grande do Sul se mostrou disposto a acompanhar as audiências das Comissões do Senado.  É de iniciativas como esta com atuação coordenada, sistemática, que os produtores necessitam. Já que os ambientalistas realizam vigílias nas portas do plenário para chamar atenção da sociedade para a tramitação da proposta.  

Mas sabemos que é uma tarefa difícil e no momento, início de safra, praticamente impossível. São os agricultores que exercem um papel importante na sociedade: produzir alimentos para abastecer o país. Assim, não dispõem de horas e horas para aguardar nas portas do Senado. A sugestão é que se faça de ações individuais um movimento coletivo.

Não podemos olvidar que a maioria das ditas ONGs de meio ambiente originam-se de países onde sequer existem a preocupação do setor produtivo rural (legislação) de destinar 20% de sua área á preservação ambiental, no entanto, estão aqui exigindo de nosso país aquilo que não praticam....
Vamos sucumbir, produzindo menos para satisfazer os interesses estrangeiros? Por que somente o Brasil deve preocupar-se com o meio ambiente? Por que só este país precisa continuar sendo o "pulmão do mundo"?  Até quando vamos ficar submissos?

Na realidade o projeto do novo código florestal não vai reduzir a área de preservação atual e sim tornar viável a produção agrícola... 

Recentemente os deputados federais Moacir Micheletto (PMDB) e Luis Nishimori (PSDB), em visita às cooperativas e sindicatos rurais do Noroeste do Paraná, sugeriram que entidades organizadas e agricultores da região se manifestem favoráveis ao novo Código Florestal Brasileiro. Para eles, as associações e agricultores devem encaminhar e-mails, cartas ou até mesmo efetuem ligações telefônicas para os gabinetes dos senadores mostrando-se favoráveis a proposta.

O fato é que os agricultores precisam retomar a mobilização da classe para garantir apoio político ao projeto. Sem ela, dificilmente terão sucesso. Para os agricultores que não tem internet, a Copagra disponibiliza o acesso a rede mundial de computadores, através das unidades. Também estará apresentando sua posição, através de ofício, que será encaminhado ao Senado, declarando que o atual Código Florestal precisa ser alterado para não tornar inviável a prática da agricultura brasileira.

Hoje, os agricultores vivem uma insegurança jurídica em face de um Código que foi criado em 1934, mudado em 1965, através de medida provisória, reeditado 67 vezes e contendo mais de 16 mil normativos entre leis e portarias, que atrapalham a vida e deixam todos preocupados. Os agricultores precisam mostrar que para continuar produzindo alimentos, precisam trabalhar em paz.



Forte Abraço 


Jonas Keiti Kondo
Presidente
Copagra 

Mulher

                                          Mulher não é só aquela que como mãe, irmã, namorada, protege, briga, luta, defende, consola, conquista, abriga, aconchega ao seu colo, dá o ombro para chorar, diz palavras doces e meigas, mas também aquela que necessita de estímulo, beijo, carinho, demonstra fragilidade, delicadeza, e gosta de ser admirada, notada, simplesmente por ser uma mulher!

                                          Pablo Neruda, em seu texto Mulheres, retrata a mulher:

Mulheres

Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.


                                          Mulheres, vocês são isso e muito mais e não imaginam a força que têm, e são muito doces para se aproveitarem disso!
Um homem não consegue nada sem a mulher.
                                          Quando vocês vêem um homem de sucesso, podem estar certas, há por trás uma grande mulher que construiu todo o seu alicerce!!
Se encontrarem boa formação de caráter, saibam que foi a mãe quem os forjou!
                                          É evidente que o homem pode dar bons exemplos a servir de modelos aos filhos, mas quem os educa é a mãe!
Por tudo isso mulheres, você são o baluarte constante e sempre eterno da sociedade.
                                          Muito obrigado por vocês existirem!!


                                          Jonas Keiti Kondo
                                          Presidente da Copagra


Ética Profissional

Ética vai muito além do que determinar o juízo de valor daquilo que se situa entre o bem e o mal. A ética qualifica o sujeito e demonstra o seu caráter.

Um sujeito ético é aquele que segue os princípios, os costumes, as regras elementares de convivência, ditando um padrão de comportamento apreciável por todos.

E o que é ser ético na profissão? A ética profissional, acrescenta ainda respeitar as normas da empresa em que trabalha ou da profissão, especialmente sabendo discernir aquilo que pode ou não ser divulgado; aquilo que pode ou não ser realizado. Normalmente o que atine a profissão deve ficar restrito ao campo profissional.

Conquanto o conceito de ética varie de pessoa para pessoa. Há elementos que não se modificam. Todos sabemos a diferença entre o bem e o mal. Aquilo que prejudica ou não uma pessoa, uma empresa, um conceito, a fama...

Seria fácil dizer  que basta seguir as normas, mas não é só isso! A forma de comportamento diante de pessoas, clientes, superiores, subordinados e colegas, também é muito importante, de forma que a ética abrange todo um conjunto de fatores que determinam o profissionalismo.

Muito Obrigado!

Jonas Keiti Kondo
Presidente da Copagra  



Copagra: passado, presente e futuro

Hoje a Copagra é uma realidade. Mas tudo iniciou de um sonho no início da década de 60, quando um grupo de agricultores almejava mais; algo que pudesse agregar maior valor ao seu produto; uma associação que os representasse e os beneficiasse. Assim, o que então era sonho, crença e oportunidade, se transformou numa cooperativa com grande potencial de crescimento no setor agrícola.
E, em 18 de novembro de 1962, a Copagra iniciou suas operações, muito bem por sinal. No começo pairavam, ainda, dúvidas e receios, dada a responsabilidade de cada um em manter o negócio vivo e, ao mesmo tempo, ir além, fazê-lo crescer e andar com as próprias pernas, como diziam. Graças ao estilo de administrar de Leonardo Spadini (flexível, conciliador, mas determinado), todos se comprometeram e cada um fez a sua parte, com igual determinação e empenho. O que era dúvida e receio deu lugar a coragem e a determinação de todos os envolvidos. Como se fosse uma grande orquestra. Sem solista! Apenas o maestro e os músicos. Associados e diretores se esforçavam ao máximo para atender as rigorosas regras estipuladas pelo mercado na venda de café.
Durante anos, a cooperativa restringiu sua área de ação nas imediações de Nova Londrina. Mas, os negócios começaram a se expandir e cada vez mais agricultores acreditaram nessa organização. Assim houve a contratação de mais funcionários, expansão da área de ação, abertura de novos empreendimentos. Na agricultura, os métodos não muito eficientes de condução da lavoura cederam espaço às modernas tecnologias. Com o desenvolvimento da cooperativa, modelo de organização social e econômico, foi possível oferecer benefícios aos associados, que resultaram no aumento de produção, regularização de preços dos insumos e dos produtos recebidos. Deste modo, a cooperativa cresceu e por aqui muitos passaram e deram parcelas de contribuição, cada qual ao seu modo...
Veio a atual diretoria, enxergando todos estes acontecimentos: passado, presente e futuro. Motivada num clima de novos caminhos, novos ideais, e pensamentos de expansão e incentivo de todos os envolvidos. Embasada numa política cooperativista, tem procurado imprimir uma gestão inspirada nos princípios cooperativistas. Desta forma estimula uma dinâmica democrática de decisões. Frequentemente verifica-se nos corredores da cooperativa, sempre “fervilhados”, associados discutindo propostas, “tropeçando” até em pessoas que buscam lugar em reuniões. Enfim exercendo o espírito cooperativo de administrar, ouvindo os anseios dos associados. É a chamada gestão participativa! Pior seria se ao invés disso tivéssemos o silêncio da gestão.
É uma preocupação da atual diretoria e dos conselheiros de administração e fiscal o futuro dos associados. O homem terá que se decidir pela melhoria da qualidade de vida. Não há mais espaço para atitudes de irresponsabilidade política e social. O cooperativismo também deverá se voltar para este ideal. A cooperativa e seus associados têm de buscar ações para produzir de forma limpa,  para deixar o planeta mais saudável.
Administrar uma cooperativa nos tempos de hoje vai além do ato de empreender.
Com estudo, planejamento e trabalho, inaugura-se uma nova era na Copagra. Além de crescer verticalmente, não só no faturamento, mas na responsabilidade social de cada associado com a instituição.
Sabe-se que a gestão da terra — sua forma de distribuição e utilização — foi o elemento chave no sucesso da cooperativa e neste contexto espera-se aperfeiçoá-la, pois a expansão horizontal não é ilimitada e há uma grande demanda pelo aumento da população dos associados.
Hodiernamente fala-se que o mundo está próximo do seu limite da produção, pois as terras estão praticamente ocupadas em sua totalidade e para suplantar este obstáculo deve-se investir maciçamente no aumento da produtividade, o que exige um agricultor muito bem preparado em termos de conhecimento de tecnologia, manejo da terra e administração. Investir em conhecimento, portanto, deve ser o item principal e permanente nos próximos anos.
A complexidade dos negócios vai exigir uma cooperação maior do associado que deve dar ênfase especial na formação cooperativista de todos os envolvidos com a Copagra. Isso é estratégico para a permanência e desenvolvimento, mantendo a unidade, elemento chave do sucesso.
Hoje os jovens buscam outras formas de sobrevivência que não são próprias da agricultura ou pecuária e exige-se no futuro refletir e agir nesse sentido, como coparticipante ou mesmo protagonista, de maneira a mantê-lo no campo, com diferentes atividades econômicas e de forma tenham acesso aos bens e serviços que hoje são disponibilizados somente nos grandes centros urbanos.
A Copagra terá que saber muito bem onde investir individualmente e coletivamente as economias, o tempo e a energia. Saber para onde canalizar os esforços, onde poupar, onde mudar, onde priorizar e isso é um trabalho delicado que exige muito diálogo, muito estudo, aprofundamento. Cada associado deve agir como um diretor, ser proativo, buscar e encampar soluções adequadas.
Pode-se notar que este 18 de novembro será todo especial, pois nele estamos comemorando o passado e anunciando o futuro. Futuro que iremos construir coletivamente, cooperativamente, com a ajuda de todos os cooperados. Futuro planejado por nós. Neste momento comemoram-se os 49 anos da Copagra, mas festejaremos com força e emoção no cinqüentenário.
Parabéns a todos pelos 49 anos da nossa cooperativa!! A cooperativa não chegaria até aqui sem a colaboração dos legítimos cooperados!

Muito obrigado pela confiança de todos!
            Saudações cooperativistas!

Jonas Keiti Kondo

Presidente da Copagra 

50 anos da Copagra

50 anos da Copagra


"Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero"(Nelson Mandela, ao comemorar 89 anos)


         Cícero proclamava: "a história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos."

         Grandes homens fizeram a história da humanidade, grandes homens fizeram a história deste país e grandes homens fizeram a história da Copagra!

         Em 18 de novembro de 1962, 39  grandes homens fundaram a Copagra – Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de Nova Londrina (hoje Cooperativa Agroindustrial do Noroeste Paranaense).

         Eram homens idealistas, homens desbravadores, homens de visão empreendedora, cooperativistas, homens compromissados com o futuro de suas profissões,  homens que buscavam o bem comum, homens que queriam o melhor para si, para sua família, seus companheiros, seu município...

         Enunciava Mário Quintana:
"Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma época da vida de cada pessoa em que é possível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar apesar de todas as dificuldades e todos os obstáculos. Uma só idade para nos encantarmos com a vida para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança, vestirmo-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que toda a disposição de tentar algo de novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se presente e tem a duração do instante que passa.."

         Esses homens pioneiros sonharam, idealizaram e fizeram a história a seu tempo, e desde então, pela Copagra passaram muitos homens de fibra, homens de coragem, homens destemidos, homens honrados, homens éticos...

         A Copagra  iniciou pequenina, mas apoiada em  homens valorosos, transformou-se numa gigante (era considerada a maior empresa da região), com várias unidades e entrepostos (chegou a ter 16) em três Estados (em Mato Grosso do Sul: Deodápolis, Naviraí, Vicentina,  Glória de Dourados, Taquarussu e Batayporã; em São Paulo: Primavera e no Paraná: Nova Londrina, Terra Rica, Loanda, Santa Isabel do Ivaí, Santa Cruz de Monte Castelo, Marilena, Querência do Norte, Planaltina do Paraná e Guairaçá), criou indústrias, teve inúmeros imóveis, inclusive uma grande fazenda em Sinop - MT(década de 70) e Paragominas - PA, e chegou ao auge em 1978 com o início da construção da destilaria de álcool, mediante NCR assinado por corajosos produtores rurais.  Contribuíram também para o apogeu muitos diretores, muitos cooperados, muitos colaboradores e a cooperativa sempre foi um grande orgulho para todos nós!

         É de Cícero o recado de que   "nenhum dever é mais importante do que a gratidão", e é por isso que aqui também fica registrado o agradecimento a todos que aqui deram sua enorme contribuição, seu suor, seu sangue, sejam dirigentes, sejam cooperados, sejam colaboradores: Muito obrigado à todos!

         Ao longo do tempo, porém, a visão cooperativista que havia norteado a sua criação foi se perdendo e a Copagra reduzindo seu tamanho, e é preciso que se resgate o espírito cooperativista! O cooperativismo compreende valores éticos e morais, democracia, transparência de seus atos, solidariedade, ajuda mútua, direitos e obrigações, preocupação e responsabilidade com a parte social e com o seus pares.

         A população sonha em ver a cooperativa voltar a crescer. Os cooperados e os funcionários também! E dentro da cooperativa todos estão empenhados nesse objetivo...

         "Os homens prudentes sabem tirar proveito de todas as suas ações, mesmo daquelas a que são obrigados pela necessidade" (Maquiavel).

         Fazer com que os 50 anos da copagra também seja o marco para um novo tempo é o grande desafio de todos nós! Comemorar 50 anos no Ano Internacional do Cooperativismo é bastante sugestivo, significativo e apropriado!

         Inspirado em Mahatma Gandhi, pode-se afirmar que:
"Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída."

         Na ótica de Sêneca: "Viver significa lutar". E é isso que precisamos fazer: Lutar!

         Cumpre-nos, a nós cooperados, funcionários e comunidade, formando essa força invencível, essa força inquebrantável, ampliarmos nossos horizontes, e fazer a diferença nessa transformação! Cumpre-nos — parafraseando Abrahan Lincoln (na inauguração do cemitério de Gettysburg, em 1863)—, não deixar que o passado de lutas, o passado de glórias, o ideal do cooperativismo que norteou a criação desta cooperativa, tenha sido em vão e jamais se perca no tempo! Cumpre-nos a nós, a nova geração, unidos, honrar os pioneiros  e fazer desta uma grande cooperativa, o nosso grande orgulho!

JONAS KEITI KONDO
Diretor Presidente da Copagra


Balanço e Planejamento

Como o tempo passou rápido! Nos últimos dias, tenho repetido várias vezes essa expressão ao constatar que mais um ano chega ao seu final. Sim, 2011 dará lugar a 2012 em poucos dias! E com o novo ano, renovamos nossas esperanças, reavaliamos nossos projetos e estabelecemos novas metas. 
Esse momento de balanço e planejamento está presente em todas as áreas das nossas vidas: pessoal, familiar, profissional, empresarial e social. A diretoria e os gerentes da Copagra também está avaliando os últimos nove meses dessa gestão e projetando novas realizações para 2012.
O desafio de comandar a Copagra, contando com a colaboração dos associados, teve como foco principal, além da melhoria de condições do cooperado, o compromisso com o desenvolvimento do agronegócio, ajudando a produzir mais, conservar mais e melhorar as vidas nas comunidades. Por isso, nossa contrapartida foi incentivar pesquisas para que esse avanço aconteça sem onerar os recursos naturais. Além da área especifica em que atuamos, todos somos responsáveis pelo desenvolvimento não apenas econômico, mas também social e cultural das comunidades onde trabalhamos.
Buscou-se a aproximação com os centros de pesquisa, presentes nas universidades e institutos de ensino, pois entendemos que a formação, bem como os resultados das pesquisas, são importantíssimos para o engrandecimento do agronegócio.
Nesse sentido, os cursos junto ao Senar, o Sescoop/Ocepar,  a procura de parcerias, são as maiores provas de que procuramos melhorar a qualidade do profissional colaborador, mormente produzindo resultados em direção ao aperfeiçoamento da área de assistência técnica ao produtor rural regional. Continuaremos a estimular a profissionalização, a capacitação, o aprimoramento, seja por meio de graduação de colaboradores e  contratação de técnicos, cujo conhecimento, postura ética, compromisso com a verdade, nos permitam oferecer assistência técnica cada vez mais digna aos nossos agropecuaristas.
No campo administrativo procurou-se diminuir os custos operacionais em todos os setores por meio de ações eficazes de contensão de despesas, centralização de compras, enxugamento do quadro, melhoria da qualidade de serviços e de atendimento, revisão com redução de valores nos contratos com profissionais técnicos e empresas de assistências, etc. 
Ao mesmo tempo, estamos construindo um modelo de atuação ao lado de entidades congêneres, como a Ocepar, que congrega 82 cooperativas agropecuárias no Paraná, para reorganizar estruturas de administração.
Neste sentido, temos ao nosso lado, integrantes dos conselhos de administração e fiscal, associados, associações, sindicatos rurais e inúmeros profissionais especialistas em sua área de atuação, que buscam uma entidade reconhecida por sua estrutura, sua organização e sua diversidade de programas. Esses são os atributos que queremos ver presente em nossa infraestrutura, em nossos serviços, em nossos eventos e no comportamento de nossos associados. Afinal, quem faz à cooperativa são os associados.
Ficamos envaidecidos de ter sob nosso manto grande parte dos profissionais técnicos disponíveis na região. Eles levam o nome Copagra para os 18 municípios e buscam a fidelização dos nossos mais de 2.600 associados, por intermédio das bem bem-sucedidas ações. A região ostenta elevada participação popular em eventos agropecuários, como demonstram os dias de campo, realizados nos quatros cantos. Creditamos à nossa área técnica grande parcela desse êxito.
O crescimento indica a excelência na prestação de serviços e o reconhecimento dos associados, que visualizam o empenho de nossa equipe. Uma retrospectiva do ano sugere também uma reflexão para nossos projetos futuros. Em 2012, todos os eventos de grande sucesso, que garantiram benefícios aos associados neste ano deverão permanecer na pauta.
Ao longo deste ano, as realizações de nossa entidade conquistaram reconhecimento no quadro associativo e isso nos impulsiona a nos tornarmos referência em cooperativa. Nosso compromisso com a qualidade do desenvolvimento do agronegócio e organizações se fortalece a cada dia e estamos empenhados em continuar nossa trajetória evolutiva na missão de disseminar o conhecimento e impulsionar o agronegócio regional. Temos consciência da força que representamos, quando trabalhamos unidos em uma mesma direção. E essa direção, esse norte, sempre se dará pelo interesse daqueles que representamos, e pelos quais nos orgulhamos de representar: o agropecuarista associado da Copagra.

Feliz Natal e um Ano Novo de muitas felicidades para todos nós!

Jonas Keiti Kondo

Presidente da Copagra

Avanços, metas e boas perspectivas

O papel de uma cooperativa, como a COPAGRA, vai além do recebimento, beneficiamento e comercialização de safras ou no fornecimento de insumos, ferragens, peças, medicamentos veterinários, entre outros. O seu papel é unir e congregar os associados, promovendo o estímulo, o desenvolvimento progressivo e a mais ampla defesa dos interesses econômicos e sociais de caráter comum.

No caso da COPAGRA, objetivamos, além de avanços na melhoria da qualidade de vida dos associados e seus familiares para conseguirem viabilizar seus negócios e manterem-se competitivos, um contexto mais amplo: o desenvolvimento econômico e social da área de ação onde está inserida a cooperativa.

Atuando junto às grandes questões sociais, encaminhando propostas visando à diversificação e o fortalecimento econômico das propriedades, acreditamos que estamos oferecendo um grande beneficio para os produtores (por organizá-los e, ao mesmo tempo, regular o mercado, disciplinando a concorrência e investindo no social). Entendemos que estas iniciativas são fundamentais para proporcionar a construção de um futuro melhor aos associados, colaboradores e para as comunidades.

Muitos desafios já foram e continuam sendo superados, com grandes vitórias sendo conquistadas. De fato, existem alguns obstáculos, mas graças a competência da equipe vão superando à medida que aparecem. Muitos inclusive servem para impulsionarmos, ajudando na caminhada. Para facilitar, a COPAGRA é uma cooperativa com grande potencial de multiplicação de ações. Atua de forma a envolver a comunidade, criando um vínculo afetivo e participando de ações que busquem o desenvolvimento social, sobretudo valorizando as pessoas.

Apóia, nas mais diversas formas, os eventos promovidos nos municípios onde atua, cumprindo com o sétimo princípio do cooperativismo: o interesse pela comunidade.
Divulgando a importância do Cooperativismo, a cooperativa, de forma intensa, presta informações sobre os mais diversos assuntos que dizem respeito à sociedade e ao meio rural, divulgando muito conhecimento aos cooperados. Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do quadro social e seus familiares, promove cursos, palestras e treinamentos, envolvendo toda a família, sempre visando o seu crescimento e fortalecimento nas atividades em que atuam.

Mas almejamos ainda mais: melhorar o relacionamento institucional com os associados, através de uma maior movimentação econômica entre ambos, buscando alternativas e soluções; incrementar o portfólio da cooperativa, adequações das estruturas estáticas e dinâmicas (silos, secadores), adequações no setor de armazenagem; diversificar a linha de produtos; investir em programas sociais de geração de renda; implantar um sistema de assistência técnica que traga satisfação aos associados sem que a cooperativa tenha prejuízos financeiros e, sim, a busca da produtividade do produtor profissional, não importando o seu tamanho e sua renda.

Para atingirmos estas metas precisamos crescer e faremos sem perder a simplicidade, sem se esquecer da história (de Leonardo Spadini e os 29 produtores que olharam além de suas terras e fundaram a COPAGRA, em 18 de novembro de 1962) e que se trata de uma cooperativa agroindustrial voltada para promover o desenvolvimento econômico e social e a qualidade de vida de associados, colaboradores e comunidades.

Desde quando assumimos, temos claramente nossos objetivos traçados. Quereremos que nossa cooperativa seja dinâmica. Metas possíveis atingiremos sozinhos. Por isso, conclamamos os 2.600 associados da cooperativa, os quase 700 colaboradores e as comunidades para que estejam conosco na luta por estas causas que tem a finalidade de proporcionar mas mobilidade e conforto a todos, melhorando a infraestrutura da cooperativa e das cidades, tornando-as modernas e práticas, melhorando a qualidade de vida dos associados, bem como investindo nos colaboradores e nos municípios. E desde já, agradecemos a todos.

Muito obrigado!


Conselho de Administração da COPAGRA

AOS MESTRES COM CARINHO



(Dedicado ao Dia dos Professores)

                                               AOS MESTRES COM CARINHO *

                                              
                                               Passados 45 anos das primeiras linhas na arte do saber, ainda não pude expressar minha gratidão aos meus grandes mestres, especialmente aos do primário e secundário.

                                               Acredito ser motivo de regozijo entre os docentes do ensino fundamental o crescimento dos discentes, especialmente no que concerne a estes poder alçar o curso superior, galgar os cursos de pós-graduação ou ainda até o pós-doutorado.

                                               Orgulhai-vos, caros professores, da vossa profissão porque dentre as mais belas a vossa, indubitavelmente, figura o seu cume.

                                               Todavia, não se sabe se por falta de tempo ou vontade, o aluno não se lembra de agradecer àquele que lhe ensinou as primeiras lições escolares.

                                               Assim, é oportuna uma homenagem aos mestres na comemoração do Dia dos Professores:

Caros Mestres:

                                               Certa feita, dentro de um pequeno vaso, discutiam acirradamente duas rosas acerca da ingratidão do homem.

                                               A que corroborava essa proposição o dizia, in verbis: Vede como é ingrato o homem! Quando estamos em plena florescência, somos arrancadas da roseira — onde poderíamos ser apreciadas por todos — para enfeitar um reles vaso, e ao murcharmos, jogam-nos fora! Que Falta de sensibilidade!

                                               Não — dizia a outra, refutando-lhe essa afirmação —, com a sua devida vênia, não entendo dessa forma.

                                               Estamos aqui para cumprir uma missão.  Assim o pássaro, que faz deleitar as pessoas com sua maviosa sinfonia; o homem com seu trabalho; nós com a nossa beleza e o nosso perfume.

                                               Se o homem nos privou da roseira, onde tantas rosas haviam, não o fez  por maldade, mas porque, dentre aquelas, nos elegeu as mais belas e as mais aromáticas, tanto é que nos trouxe para dentro de sua casa para melhor apreciar.

Queridos professores:

                                               Vós, como essa flor virtuosa, sensível e sensata, cumpristes sempre a vossa missão, não como um encargo e aparato, porém, como um sacerdócio, sem jamais olvidar da dedicação, esmero e esforço denodado para trazer a nós, seus alunos, luz à arte do saber.

                                               O que mais encantou a nós, discípulos seus, em vossas pessoas foi a forma  escorreita, sábia, com que soubestes nos conduzir pela vereda, pelo difícil e penoso caminho de bem conhecer e apreender as idéias.

                                               Tenhais em mente que não esqueceremos jamais as lições recebidas e que vossas figuras nos trarão sempre boas recordações, além de ter um espaço especial em nossas mentes e em nossos corações.

                                               E a cada último dia de aula do término de um grau, experimentávamos um dia ambíguo. Ambíguo porque sentíamos sensações dessemelhantes. Não sabíamos se chorávamos ou gritávamos de felicidade...

                                               De um lado, estávamos tristes, em razão da perda de notáveis professores.

                                               De outro, felizes, porque certamente tínhamos conhecidos pessoas cultas e admiráveis, e, acima de tudo, porque sabíamos que doravante poderíamos contar com a ajuda de grandes amigos.

                                               Aos inúmeros colegas e amigos que também foram alunos, peço-vos neste dia que a cada professor que encontrardes pelo caminho, vos levanteis (se sentado estiverdes) e fazeis bradar vossas mãos, num reconhecimento uníssono ao incansável labor despendido por todos os nossos ilustres e beneméritos mestres.

* JONAS KEITI KONDO  - Advogado


Análise de solo: a tomada de decisão para redução de custos e aumento de produtividade

         Amigo produtor, a profissionalização na atividade rural é uma necessidade cada vez mais evidente, a fim de aumentar a produtividade em um ambiente competitivo que demanda aumento da escala de produção para fazer frente aos custos e gerar rentabilidade.
         A primeira etapa é conhecer a fertilidade do solo através da análise, uma prática muito conhecida e difundida. Para buscar aumento de produtividade é fundamental que tenhamos os resultados da análise para uma correta tomada de decisão, pois é ela que determina as doses de corretivos e fertilizantes a serem usados.
         A amostragem do solo deve seguir orientações básicas como: retirar de 10 a 20 subamostras em profundidade de 0-20 cm em zig zag da área; armazená-la em recipiente limpo, como um balde, por exemplo; logo após acondicionar uma amostra de 500 gramas e identificar com data, área e proprietário e encaminhar para o laboratório. Para um correto resultado da análise é fundamental não retirar sob curvas de nível; próximos de carreadores, cochos de água e sal, devido ao acúmulo de matéria orgânica nestes locais. Quanto maior for o critério na coleta da amostra no campo, melhor representatividade terá o resultado. Com a análise do solo em mãos e posterior interpretação por técnico ou engenheiro agrônomo, guardar cópia na propriedade com objetivo de acompanhar a evolução da melhoria da fertilidade do solo.
         O fato de realizar com o máximo critério a coleta de amostra de solo e em seguida interpretação da análise pode resultar em redução de custo de produção pela quantidade de calcário a ser aplicado e a diferença pode significar sobra de recursos para cobrir parte dos custos operacionais, como preparo do solo, distribuição do próprio calcário, plantio, dentre outras operações.
         A pergunta que se faz, quais são os benefícios da calagem?
         Os benefícios são fornecimento de Ca e Mg, redução da toxidez e aumento da disponibilidade de nutrientes. A falta da quantidade adequada de calcário pode ser um fator limitante do desenvolvimento das culturas e conseqüentemente da produtividade, enquanto que o excesso pode reduzir a disponibilidade de micronutrinientes e a eficiência das adubações nitrogenadas. Ter como critério o uso da análise de solo na tomada de decisão para realizar o adequado investimento em fertilidade e corretivos é o primeiro passo para iniciar o processo de profissionalização na atividade rural e buscarmos o crescimento vertical da produção e aumento de produtividade.
         A Copagra tem uma equipe preparada para auxiliá-lo na interpretação de análises de solo, recomendações de manejo e acompanhamento das atividades na propriedade.
         Conte conosco, amigo produtor!

Ricardo Mendes dos Santos
Diretor Secretário
Copagra


A UNIÃO FAZ A FORÇA

O Noroeste do Paraná é formado por cidades novas e pequenas, mas tem em seus registros muita história de homens empreendedores e visionários que
acreditaram na união e na força desta região. Ao calor de sua época,
transpuseram barreiras e buscaram concretizar seus sonhos, pois tinham a
certeza de que as gerações futuras iriam colher exatamente o que se
apresenta nos dias atuais: crescimento e prosperidade.

Dessa forma foram fundadas as cidades, empresas, associações, sindicatos e a cooperativa. E a COPAGRA (Cooperativa Agroindustrial do Noroeste
Paranaense), tem o orgulho de ter escrito parte desta história como um dos
principais pilares para a consagração destacada desta região.

Do sonho de 39 produtores surgiu à cooperativa, em novembro de 1962. O
início com uma pequena máquina de beneficiamento de café se transformaria
depois numa grande gama de negócios, algodoaria, lojas de insumos, unidade
de recebimento de grãos, fecularia, destilaria, lojas agropecuárias, auto
postos e outros. Dos 39 associados hoje somam-se  mais de 2.600 que lutam
por um único objetivo: fortalecimento da classe produtora.

O cooperativismo não muda só a vida de seus membros, mas também possibilita um maior desenvolvimento econômico regional por intermédio de negócios que possam crescer de forma sustentável, gerando empregos diretos e indiretos, mudando famílias e a realidade local. É um meio de geração de ocupação e renda.

 Quem está inserido neste meio, tem uma mentalidade do associativismo. Não vê outra cooperativa, associação, sindicato, como um concorrente, mas como um potencial parceiro, para juntos competir em igualdade com os maiores. 

Nós, diretores da cooperativa, acreditamos na união de forças para, juntos,
tornarmos nosso empreendimento mais competitivo no mercado ou mesmo para enfrentar desafios que sozinhos seriam mais difíceis de ser superados. O
nosso lema é: a soma de esforços torna-nos mais fortes.

Estamos dispostos a participar intensamente da vida regional, promovendo e
apoiando eventos de natureza comunitária, social e cultural. Alguns por
iniciativa própria e outros como apoio de grupos comunitários, empresariais
e órgãos públicos. Foi assim no 5º Encontro COPAGRA de Mandiocultores,
ocorrido em 28 de maio na Fazenda Romaria, no município de Nova Londrina,
que recebeu mais de 800 produtores,  e no 5º Encontro em Comemoração ao
Agricultor, realizado no Salão Paroquial, em São José do Ivaí, em 28 de
julho, onde participaram mais de 500 agricultores e será assim, na 1ª
Exponova, que será realizada entre os dias 08 a 11 de setembro, em Nova
Londrina.

Esta será a primeira iniciativa desta cidade de exposição agropecuária, onde
o poder público, associações, sindicatos, cooperativa, empresários estão
juntos. Esperamos um grande evento e por isso, reafirmamos a importância da
união e da parceria.

Quando falamos em união de forças, não estamos nos referindo apenas à união de indivíduos iguais, que, por serem iguais, naturalmente se juntam. Os
diferentes também se aglutinam e, dessa forma, se assemelham. Na natureza
temos vários exemplos.

As ações individuais são essenciais, mas na maior parte das vezes é
necessário um pouco mais do que isso para que se obter grandes resultados.
Ao nos aliarmos tornamo-nos mais fortes e nos aproximam da vitória. Somos
frágeis demais para desdenhar o apoio e desprezar a força do conjunto. A
União faz, sem dúvida nenhuma, a força do ser humano.

Um forte abraço,



JONAS KEITI KONDO

Presidente da Copagra

A MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO

Um dos testes de liderança é a habilidade de reconhecer um problema antes que ele se torne uma emergência. (Arnold Glasgow)

                  O grande desafio de um líder em uma reestruturação de uma empresa é deixar seus liderados motivados, enquanto apreensivos pelas expectativas de mudanças que possam afetar não somente a empresa, mas os setores em que trabalham e, inclusive a função que exercem.

                  Dizia Eisenhower, a "motivação é a arte de fazer as pessoas fazerem o que você quer que elas façam porque elas o querem fazer", de modo que é necessário propiciar a forma com que o próprio funcionário queira a mudança.

                  Sendo a primeira reação do funcionário a preocupação com seu emprego, o líder deve deixar bem claro se a reestruturação vai envolver demissões ou não.

                  Se sim, deve demonstrar a necessidade, os setores que serão afetados; do contrário, explicar que elas ocorrerão somente para os que não tiverem interesse de colocar em prática as inovações a serem implementadas.

                  A transparência na administração é fundamental para que os funcionários ganhem confiança no líder e passem a respeitá-lo como tal.

                  Outra necessidade é dar o exemplo. O gestor deve mostrar a forma de administrar e o modo a ser seguido pelos funcionários pelos seus gestos, atitudes e principalmente ações. Se o administrador quer o corte de despesas (economia) na empresa, ele não pode desperdiçar material, nem fazer gastos excessivos; se vai querer reduzir a mão de obra,não pode fazer doações para obras suntuosas; se exige pontualidade, não pode atrasar  ao trabalho ou às reuniões; se vai querer agilidade não se pode demorar na assinatura de contratos ou nas decisões; não se pode exigir firmeza de propósitos, quando não cumpre metas que estabelece; etc.

                  Conquanto seja característica pessoal e muitos vejam como sinal de fraqueza, a humildade do líder é fator de agregação, pois permite ao colaborador um acesso melhor para mostrar idéias inovadoras. Um líder arrogante normalmente afasta qualquer possibilidade de contato dessa natureza.

                  As atitudes para com os funcionários devem ser firmes, mas com respeito, dignidade, consideração e cortesia. "Por favor" e "obrigado" devem ser palavras constantes em seu vocabulário.

                  Ações empreendidas na empresa devem trazer resultados operacionais satisfatórios imediatos para que os funcionários percebam a correção das decisões tomadas e a intenção de modificar para melhorar. Os frutos devem ser sentidos o mais breve possível pela qualidade, rapidez e ações enérgicas insertas nesse novo modelo de gestão.

                  Formas de incentivo podem ser coadjuvantes nesse sistema, mas se o propósito for a redução de custos, o aumento salarial não seria uma boa política, porém, privilegiar a promoção dentro do próprio quadro com aqueles que se destacam (não contratando terceiros), ou mesmo proporcionar melhoramentos que beneficiem à todos de forma geral, como elevar a qualidade do ambiente de trabalho; dar autonomia de decisões; liberdade de expressão entre os diversos postos hierárquicos, inclusive, solicitando ajuda nas decisões (demonstra confiança e dá liberdade para incluir pontos de vista diferentes); melhorar o sistema de benefícios (p.ex., trocar a cesta básica por cartão até mesmo com valor mais elevado, propiciando que o empregado tenha autonomia na escolha de suas prioridades), etc.

                  Enfim, motivar é fazer o liderado perceber que a mudança trará benefício para ele também e não somente para e empresa.


                  Jonas Keiti Kondo

                  Presidente da Copagra