terça-feira, 22 de dezembro de 2015

LOGÍSTICA E OPERAÇÕES

LOGÍSTICA E OPERAÇÕES

A logística em uma empresa diz respeito a eficiência na entrega de produto, a forma de armazenamento e a movimentação do bem até chegar ao destinatário. Tem a ver com a administração do estoque, informações precisas dos volumes e dados dos produtos, e a entrega (transporte).

O Supply Chain Management – SCM (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos) é o gerenciamento dos serviços para que seja entregue o produto certo, na quantia exata e no prazo certo.  É o planejamento estratégico e operacional para entrega do produto.

Por outro lado, o serviço Logístico compreende as várias etapas da prestação do serviço logístico, tais como o armazenamento, dados de estoques, transportes, entrega e pós venda, com vistas a melhorar a qualidade e satisfação na realização do processo de entrega.

O objetivo de uma Cadeia de Suprimentos é atender todo o processo desde a aquisição do produto até a entrega ao consumidor final, examinando toda a cadeia tais como, cotações de preço, compras, transportes, movimentações, armazenagens, informações e dados dos produtos, cadastramento, distribuição, divulgação (marketing), etc.

As alianças são muito utilizadas para unir empresas do mesmo setor ou com interesses convergentes mediante parceria ou acordo comercial, para que possam atingir objetivos comuns.

As barreiras à integração logística originam-se de falta de planejamento adequado e de organização; altos custos; ausência de estratégia e informações; conflitos internos; falta de conhecimento (capacitação).

Trade-off é uma expressão indicativa de perda e ganho, em que a pessoa escolhe ganhar de um lado, mas perde do outro, por exemplo, no caso de logística se você investe me qualidade da prestação de serviço acaba por despender maior despesa, ou seja, a escolha sempre implicará num ganho e em uma perda.

O gerenciamento de estoques tem por objetivo administrar com segurança e precisão a quantidade física existente de produtos, tempo de armazenagem, fluxograma.

A Função Produção busca reunir as condições necessárias para propiciar recursos financeiros para ajudar na produção de bens ou serviços da empresa, planejando, desenvolvendo, controlando e melhorando o comportamento da produção.

As operações representam as atividades ligadas aos bens e serviços dentro da organização, como a compra e venda de mercadorias e produtos, verificação de contratos, controles, etc.

O modelo logístico serve para que a empresa tenha todas as informações necessárias do produto (qualidade, preço, quantidade, tamanho, etc.), local de entrega, destinatário, meio de transporte, etc., para melhor atender o cliente. A ausência desses detalhes pode provocar a insatisfação e a infidelidade do comprador.

As informações sobre rotas e fluxos dos veículos transportadores na região de atuação da empresa são muito importantes para minimizar custos e trazer benefícios a todos os envolvidos, porque garante a troca de serviços. O planejamento adequado, por outro lado, assegura que se possa aproveitar determinado itinerário com a entrega dos produtos destinados aos lugares pelos caminhos traçados.

As principais decisões na cadeia de suprimentos envolvem um plano de ação para compras, estratégia de ação para venda ou distribuição e a formação de ação para entrega.

Devem servir de motivações ao gestor da logística na definição do modelo de serviços logísticos e custos logísticos o nome e a confiança que inspira a empresa, a redução de custos e o entrosamento da equipe.

A consistência no sistema transporte é tão importante para o modelo logístico porque somente com a logística de um modelo de transporte confiável, com informações exatas, em tempo real, com uso adequado de tecnologia e os melhores meios, poderão ser reduzidos custos e será realizada a entrega no prazo certo.

A instituição de um novo hábito de procedimentos visando maior produção, definindo as formas de controle de custos, de processo, e da produção, resulta em redução de despesas e de tempo.

A tecnologia da informação facilita a compreensão de toda a cadeia produtiva, desde a produção até a melhor forma de entrega ao cliente, fornecendo, em tempo real, as informações necessárias e dados pertinentes ao processo, gerando valor para a empresa, e trazendo vantagem competitiva.

Para desenvolver uma estratégia de serviço ao cliente é preciso fornecer um valor agregado. Não só vender o produto, mas dar assistência, orientação, capacitação de uso, observar eventual melhoria que poderia ser acrescentado ao produto, conforme a necessidade do cliente, isto é, fazer o pós venda.

E como devem ser administradas as incertezas e os riscos no SCM - Supply Chain Management? Primeiramente se faz necessário distinguir os riscos e as incertezas. Os primeiros referem-se a eventos mensuráveis e previsíveis. As incertezas dizem respeito as imprevisíveis e que não poderiam ser avaliadas. O ideal é criar um plano de controle com um quadro de possíveis riscos e prováveis soluções e quanto às incertezas criar um plano de contingência que possa suportar um evento dessa natureza.

      
   O sistema de informação logística interliga as ações logísticas aos processos de planejamento estratégico da empresa, operação de negócios, gestão, controles de estoques, distribuição e tomada de decisões, daí a disponibilidade de informações eficientes e eficazes deve ser uma característica marcante ao cliente, para que possa satisfazer suas demandas quanto à exatidão de dados, prazo, estoque, no tempo certo, bem como para verificar suas possibilidades e prevenir eventualidades.

Jonas Keiti Kondo
Diretor Presidente da Copagra

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CENÁRIOS E TENDÊNCIAS NA COPAGRA

Medidas efetivamente acauteladoras precisam ser tomadas, mudando o planejamento estratégico, alterando o modelo de gestão, em face desse novo tempo em que a crise afeta o país e o mundo, aliado aos vários escândalos que desnortearam o capital das empresas públicas brasileiras, tendo, como corolário, o acirramento cada vez maior da gula do governo em  contribuições financeiras (buscar soluções) com a classe produtiva. No Brasil quando as contas não fecham penaliza-se a classe empresarial e trabalhadora com novas arrecadações.  

Quando o dinheiro é parco, muda-se o sentido da demanda. O homem passa a consumir menos e somente bens de subsistência.  Um bem de subsistência é aquele somente substituído se o outro perde a funcionalidade, enquanto o bem de status, há novo consumo mesmo ainda estando perfeito o bem antigo, ou seja, a compra se dá apenas pela tendência, novo modelo, etc.  No período de instabilidade financeira o supérfluo passa a ser ignorado.  Por isso a mudança de mentalidade empresarial também precisa ser restruturada.

O maior desafio das cooperativas brasileiras nesse tempo de crise é a capitalização de recursos, portanto. Embora o governo federal anuncie recursos disponíveis nas instituições financeiras para a agricultura com juros subsidiados não é o que ocorre de fato no mercado. Para ser mais competitiva a cooperativa precisa de recursos disponíveis com juros menores. Não se deve olvidar que a cooperativa financia o cooperado (agricultor que normalmente paga somente após a colheita, e não havendo como buscar os financiamentos agrícolas a cooperativa não tem como também entregar e bancar os insumos para receber depois). Se a cooperativa tiver de procurar recursos no mercado financeiro (sem os chamados juros agrícolas), terá de repassar na mesma base ao cooperado e isso tornará impraticável seu plantio (cultivo e colheita). A nova política agrícola pode gerar escassez de alimentos no futuro.    

Em razão disso é preciso que as cooperativas organizem-se e reprogramem todo o seu planejamento estratégico, faca a readequação das estruturas organizacionais, de forma a enfrentar essa escassez de recursos, adiando os investimentos, enxergando as novas demandas, reduzindo bastante seus custos operacionais (o que implica também, fatalmente, até em redução de quadros e estruturas), investindo mais no potencial humano (capacitação de  gestores e colaboradores), melhorando qualidade de atendimento, diversificando seu portfólio de produtos, inovação,  novos mercados consumidores (inclusive exportação), implementar novas estratégias, buscando novas idéias com geração de maior renda. Ou seja, a crise financeira também fomenta o surgimento de novidades. Aliás, as maiores invenções da humanidade surgiram pela necessidade em época de crise.

Outro desafio é conciliar o interesse da cooperativa, o interesse do cooperado e o interesse dos fornecedores. O cooperado embora dono da cooperativa, na maior parte das vezes, esquece desse detalhe e somente procura o melhor preço na cooperativa. Olvida-se dos demais benefícios recebidos numa cooperativa, como a entrega do produto, a assistência técnica, a qualidade do atendimento, etc.

A cooperativa teve de adaptar-se às leis de mercado para ser competitiva e eficiente, equilibrando-se entre as áreas econômicas e sociais.

As principais variáveis a serem observados no ambiente interno de uma cooperativa  são as deficiências e qualidades, isto é, pontos fracos e pontos fortes. Fraqueza é aquilo que precisa ser melhorado e orça é aquilo que se faz de melhor. Aquelas precisam ser superadas e estas enaltecidas. Vencer ou dominar uma desvantagem e melhorar a vantagem devem ser as metas. No ambiente interno estão os recursos humanos, prestação de serviços, área de tecnologia de informação, financeira e comercial, etc.

No ambiente externo estão os cooperados (como clientes), clientes (terceiros), fornecedores, parceiros, concorrentes, etc. E as variáveis sãos as ameaças e oportunidades. As ameaças são os fatores externos que podem prejudicar o negócio. Oportunidades são os fatores externos que o mercado apontam para um novo seguimento, tipo ou  nova forma de negócio.

A forma de utilização dessas variáveis vai definir o impacto no mercado. O tempo é fator de importância nas gestão das cooperativas porque implica em cumprimento de prazos, em planejamentos, em organização, em adequação, para realização de atividades, observando com antecedência a entrega, prevendo a ocorrência de eventualidades que possam dificultar no sucesso de uma empreitada.

Para se obter uma vantagem competitiva é preciso usar estratégia de oferecer algo diferenciado, sustentável, que outros não possam imitar ou copiar.

Diversa é a vantagem corporativa que refere-se a forma de organização do trabalho, possibilitando pessoas com menos condições de trabalho no mercado, de capacidades diferentes, possam  aumentar sua competitividade, num ambiente corporativista com princípios norteadores de valores e reconhecimento. No corporativismo o individualismo cede lugar ao grupo. A soma de competências, conhecimentos, fortalecem o poder em equipe.

Para entender o mercado é necessário que se estude, avalie tudo, produtos, preços, concorrentes, enfim, aquilo que possa contribuir/influenciar nas alterações do cenário analisado de um determinado seguimento, podendo antever a propensão das eventuais novas tendências.


O conhecimento de mercado faz com que decisões assertivas sejam implementadas junto ao cooperado, fazendo com que este venha a compreender a motivação das mudanças para adequações ao novo tempo de escassez de recursos e nova forma de atuação para que a cooperativa possa continuar sua atividade, dentro dos novos parâmetros que o momento impõe. 

Jonas keiti Kondo
Diretor Presidente da Copagra