segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO

Um dos testes de liderança é a habilidade de reconhecer um problema antes que ele se torne uma emergência. (Arnold Glasgow)

                  O grande desafio de um líder em uma reestruturação de uma empresa é deixar seus liderados motivados, enquanto apreensivos pelas expectativas de mudanças que possam afetar não somente a empresa, mas os setores em que trabalham e, inclusive a função que exercem.

                  Dizia Eisenhower, a "motivação é a arte de fazer as pessoas fazerem o que você quer que elas façam porque elas o querem fazer", de modo que é necessário propiciar a forma com que o próprio funcionário queira a mudança.

                  Sendo a primeira reação do funcionário a preocupação com seu emprego, o líder deve deixar bem claro se a reestruturação vai envolver demissões ou não.

                  Se sim, deve demonstrar a necessidade, os setores que serão afetados; do contrário, explicar que elas ocorrerão somente para os que não tiverem interesse de colocar em prática as inovações a serem implementadas.

                  A transparência na administração é fundamental para que os funcionários ganhem confiança no líder e passem a respeitá-lo como tal.

                  Outra necessidade é dar o exemplo. O gestor deve mostrar a forma de administrar e o modo a ser seguido pelos funcionários pelos seus gestos, atitudes e principalmente ações. Se o administrador quer o corte de despesas (economia) na empresa, ele não pode desperdiçar material, nem fazer gastos excessivos; se vai querer reduzir a mão de obra,não pode fazer doações para obras suntuosas; se exige pontualidade, não pode atrasar  ao trabalho ou às reuniões; se vai querer agilidade não se pode demorar na assinatura de contratos ou nas decisões; não se pode exigir firmeza de propósitos, quando não cumpre metas que estabelece; etc.

                  Conquanto seja característica pessoal e muitos vejam como sinal de fraqueza, a humildade do líder é fator de agregação, pois permite ao colaborador um acesso melhor para mostrar idéias inovadoras. Um líder arrogante normalmente afasta qualquer possibilidade de contato dessa natureza.

                  As atitudes para com os funcionários devem ser firmes, mas com respeito, dignidade, consideração e cortesia. "Por favor" e "obrigado" devem ser palavras constantes em seu vocabulário.

                  Ações empreendidas na empresa devem trazer resultados operacionais satisfatórios imediatos para que os funcionários percebam a correção das decisões tomadas e a intenção de modificar para melhorar. Os frutos devem ser sentidos o mais breve possível pela qualidade, rapidez e ações enérgicas insertas nesse novo modelo de gestão.

                  Formas de incentivo podem ser coadjuvantes nesse sistema, mas se o propósito for a redução de custos, o aumento salarial não seria uma boa política, porém, privilegiar a promoção dentro do próprio quadro com aqueles que se destacam (não contratando terceiros), ou mesmo proporcionar melhoramentos que beneficiem à todos de forma geral, como elevar a qualidade do ambiente de trabalho; dar autonomia de decisões; liberdade de expressão entre os diversos postos hierárquicos, inclusive, solicitando ajuda nas decisões (demonstra confiança e dá liberdade para incluir pontos de vista diferentes); melhorar o sistema de benefícios (p.ex., trocar a cesta básica por cartão até mesmo com valor mais elevado, propiciando que o empregado tenha autonomia na escolha de suas prioridades), etc.

                  Enfim, motivar é fazer o liderado perceber que a mudança trará benefício para ele também e não somente para e empresa.


                  Jonas Keiti Kondo

                  Presidente da Copagra 

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