segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Novo Código Florestal

No primeiro semestre, o Congresso Nacional aprovou as modificações da proposta que atualiza o Código Florestal Brasileiro. Após meses de negociações entre ruralistas e ambientalistas, com avanços e recuos, o projeto foi aprovado, graças a uma visão madura e concisa dos deputados federais que usaram do bom senso para depositar seu voto ao projeto de reforma. O novo Código é um grande avanço nas melhorias legais da sociedade brasileira, estimulando a convivência harmoniosa e conceitual entre defesa da natureza e produção, o que é de interesse geral de toda a sociedade brasileira.

O projeto aguarda aprovação do Senado.  Ainda não tem data definida para a votação, já que precisa ser analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça, de Agricultura e de Meio Ambiente.

A reforma do Código Florestal, bem como a questão da reserva legal e a das áreas de preservação permanente, tem sido temas recorrentes em matérias jornalísticas nos últimos meses, em função dos debates vivenciados por ruralistas e ambientalistas, com a participação do Ministério do Meio Ambiente.
O debate se tornará novamente acirrado a partir do momento em que as ONGs (Organizações Não Governamentais) - “ligadas à preservação ambiental” – realizarem novamente uma mobilização nacional para pressionar os senadores para que façam emendas ao projeto do novo Código, como aumento de área destinada as APPs e de Reserva Legal.

Pelos lados dos agricultores, nos últimos dias pouco se vê,ouve ou lê nos veículos de comunicação, a respeito de mobilização a favor da aprovação do Código sem emendas. Apenas um pequeno grupo de agricultores e representantes sindicais do Rio Grande do Sul se mostrou disposto a acompanhar as audiências das Comissões do Senado.  É de iniciativas como esta com atuação coordenada, sistemática, que os produtores necessitam. Já que os ambientalistas realizam vigílias nas portas do plenário para chamar atenção da sociedade para a tramitação da proposta.  

Mas sabemos que é uma tarefa difícil e no momento, início de safra, praticamente impossível. São os agricultores que exercem um papel importante na sociedade: produzir alimentos para abastecer o país. Assim, não dispõem de horas e horas para aguardar nas portas do Senado. A sugestão é que se faça de ações individuais um movimento coletivo.

Não podemos olvidar que a maioria das ditas ONGs de meio ambiente originam-se de países onde sequer existem a preocupação do setor produtivo rural (legislação) de destinar 20% de sua área á preservação ambiental, no entanto, estão aqui exigindo de nosso país aquilo que não praticam....
Vamos sucumbir, produzindo menos para satisfazer os interesses estrangeiros? Por que somente o Brasil deve preocupar-se com o meio ambiente? Por que só este país precisa continuar sendo o "pulmão do mundo"?  Até quando vamos ficar submissos?

Na realidade o projeto do novo código florestal não vai reduzir a área de preservação atual e sim tornar viável a produção agrícola... 

Recentemente os deputados federais Moacir Micheletto (PMDB) e Luis Nishimori (PSDB), em visita às cooperativas e sindicatos rurais do Noroeste do Paraná, sugeriram que entidades organizadas e agricultores da região se manifestem favoráveis ao novo Código Florestal Brasileiro. Para eles, as associações e agricultores devem encaminhar e-mails, cartas ou até mesmo efetuem ligações telefônicas para os gabinetes dos senadores mostrando-se favoráveis a proposta.

O fato é que os agricultores precisam retomar a mobilização da classe para garantir apoio político ao projeto. Sem ela, dificilmente terão sucesso. Para os agricultores que não tem internet, a Copagra disponibiliza o acesso a rede mundial de computadores, através das unidades. Também estará apresentando sua posição, através de ofício, que será encaminhado ao Senado, declarando que o atual Código Florestal precisa ser alterado para não tornar inviável a prática da agricultura brasileira.

Hoje, os agricultores vivem uma insegurança jurídica em face de um Código que foi criado em 1934, mudado em 1965, através de medida provisória, reeditado 67 vezes e contendo mais de 16 mil normativos entre leis e portarias, que atrapalham a vida e deixam todos preocupados. Os agricultores precisam mostrar que para continuar produzindo alimentos, precisam trabalhar em paz.



Forte Abraço 


Jonas Keiti Kondo
Presidente
Copagra 

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