segunda-feira, 9 de novembro de 2015

AOS MESTRES COM CARINHO



(Dedicado ao Dia dos Professores)

                                               AOS MESTRES COM CARINHO *

                                              
                                               Passados 45 anos das primeiras linhas na arte do saber, ainda não pude expressar minha gratidão aos meus grandes mestres, especialmente aos do primário e secundário.

                                               Acredito ser motivo de regozijo entre os docentes do ensino fundamental o crescimento dos discentes, especialmente no que concerne a estes poder alçar o curso superior, galgar os cursos de pós-graduação ou ainda até o pós-doutorado.

                                               Orgulhai-vos, caros professores, da vossa profissão porque dentre as mais belas a vossa, indubitavelmente, figura o seu cume.

                                               Todavia, não se sabe se por falta de tempo ou vontade, o aluno não se lembra de agradecer àquele que lhe ensinou as primeiras lições escolares.

                                               Assim, é oportuna uma homenagem aos mestres na comemoração do Dia dos Professores:

Caros Mestres:

                                               Certa feita, dentro de um pequeno vaso, discutiam acirradamente duas rosas acerca da ingratidão do homem.

                                               A que corroborava essa proposição o dizia, in verbis: Vede como é ingrato o homem! Quando estamos em plena florescência, somos arrancadas da roseira — onde poderíamos ser apreciadas por todos — para enfeitar um reles vaso, e ao murcharmos, jogam-nos fora! Que Falta de sensibilidade!

                                               Não — dizia a outra, refutando-lhe essa afirmação —, com a sua devida vênia, não entendo dessa forma.

                                               Estamos aqui para cumprir uma missão.  Assim o pássaro, que faz deleitar as pessoas com sua maviosa sinfonia; o homem com seu trabalho; nós com a nossa beleza e o nosso perfume.

                                               Se o homem nos privou da roseira, onde tantas rosas haviam, não o fez  por maldade, mas porque, dentre aquelas, nos elegeu as mais belas e as mais aromáticas, tanto é que nos trouxe para dentro de sua casa para melhor apreciar.

Queridos professores:

                                               Vós, como essa flor virtuosa, sensível e sensata, cumpristes sempre a vossa missão, não como um encargo e aparato, porém, como um sacerdócio, sem jamais olvidar da dedicação, esmero e esforço denodado para trazer a nós, seus alunos, luz à arte do saber.

                                               O que mais encantou a nós, discípulos seus, em vossas pessoas foi a forma  escorreita, sábia, com que soubestes nos conduzir pela vereda, pelo difícil e penoso caminho de bem conhecer e apreender as idéias.

                                               Tenhais em mente que não esqueceremos jamais as lições recebidas e que vossas figuras nos trarão sempre boas recordações, além de ter um espaço especial em nossas mentes e em nossos corações.

                                               E a cada último dia de aula do término de um grau, experimentávamos um dia ambíguo. Ambíguo porque sentíamos sensações dessemelhantes. Não sabíamos se chorávamos ou gritávamos de felicidade...

                                               De um lado, estávamos tristes, em razão da perda de notáveis professores.

                                               De outro, felizes, porque certamente tínhamos conhecidos pessoas cultas e admiráveis, e, acima de tudo, porque sabíamos que doravante poderíamos contar com a ajuda de grandes amigos.

                                               Aos inúmeros colegas e amigos que também foram alunos, peço-vos neste dia que a cada professor que encontrardes pelo caminho, vos levanteis (se sentado estiverdes) e fazeis bradar vossas mãos, num reconhecimento uníssono ao incansável labor despendido por todos os nossos ilustres e beneméritos mestres.

* JONAS KEITI KONDO  - Advogado


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