(Dedicado
ao Dia dos Professores)
AOS MESTRES COM CARINHO *
Passados 45 anos das primeiras linhas na arte do saber, ainda não pude
expressar minha gratidão aos meus grandes mestres, especialmente aos do
primário e secundário.
Acredito ser motivo de regozijo entre os docentes do ensino fundamental o
crescimento dos discentes, especialmente no que concerne a estes poder alçar o
curso superior, galgar os cursos de pós-graduação ou ainda até o pós-doutorado.
Orgulhai-vos, caros professores, da vossa profissão porque dentre as mais belas
a vossa, indubitavelmente, figura o seu cume.
Todavia, não se sabe se por falta de tempo ou vontade, o aluno não se lembra de
agradecer àquele que lhe ensinou as primeiras lições escolares.
Assim, é oportuna uma homenagem aos mestres na comemoração do Dia dos
Professores:
Caros
Mestres:
Certa feita, dentro de um pequeno vaso, discutiam acirradamente duas rosas
acerca da ingratidão do homem.
A que corroborava essa proposição o dizia, in verbis: Vede como é
ingrato o homem! Quando estamos em plena florescência, somos arrancadas da
roseira — onde poderíamos ser apreciadas por todos — para enfeitar um reles
vaso, e ao murcharmos, jogam-nos fora! Que Falta de sensibilidade!
Não — dizia a outra, refutando-lhe essa afirmação —, com a sua devida vênia,
não entendo dessa forma.
Estamos aqui para cumprir uma missão. Assim o pássaro, que faz deleitar
as pessoas com sua maviosa sinfonia; o homem com seu trabalho; nós com a nossa
beleza e o nosso perfume.
Se o homem nos privou da roseira, onde tantas rosas haviam, não o fez por
maldade, mas porque, dentre aquelas, nos elegeu as mais belas e as mais
aromáticas, tanto é que nos trouxe para dentro de sua casa para melhor
apreciar.
Queridos
professores:
Vós, como essa flor virtuosa, sensível e sensata, cumpristes sempre a vossa
missão, não como um encargo e aparato, porém, como um sacerdócio, sem jamais
olvidar da dedicação, esmero e esforço denodado para trazer a nós, seus alunos,
luz à arte do saber.
O que mais encantou a nós, discípulos seus, em vossas pessoas foi a forma
escorreita, sábia, com que soubestes nos conduzir pela vereda, pelo difícil e
penoso caminho de bem conhecer e apreender as idéias.
Tenhais em mente que não esqueceremos jamais as lições recebidas e que vossas
figuras nos trarão sempre boas recordações, além de ter um espaço especial em
nossas mentes e em nossos corações.
E a cada último dia de aula do término de um grau, experimentávamos um dia
ambíguo. Ambíguo porque sentíamos sensações dessemelhantes. Não sabíamos se
chorávamos ou gritávamos de felicidade...
De um lado, estávamos tristes, em razão da perda de notáveis professores.
De outro, felizes, porque certamente tínhamos conhecidos pessoas cultas e
admiráveis, e, acima de tudo, porque sabíamos que doravante poderíamos contar
com a ajuda de grandes amigos.
Aos inúmeros colegas e amigos que também foram alunos, peço-vos neste dia que a
cada professor que encontrardes pelo caminho, vos levanteis (se sentado
estiverdes) e fazeis bradar vossas mãos, num reconhecimento uníssono ao
incansável labor despendido por todos os nossos ilustres e beneméritos mestres.
*
JONAS KEITI KONDO - Advogado
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