A agricultura brasileira tem mostrado sua força e vitalidade nos últimos
anos, sendo indispensável para o crescimento da nação. Ela cada vez mais interfere
nos mercados e impulsiona novos nichos de negócios. Para comprovarmos sua
magnitude, basta recorrermos à produção brasileira de grãos que bate seguidos
recordes. Com ela, alimentamos nosso povo e muitas outras nações.
Mas como qualquer outra atividade, para sustentabilidade do planeta, é preciso
reduzir as agressões ao meio ambiente e as emissões de gases poluentes. Assim,
precisamos repensar nossa forma de produzir mais e de maneira sustentável, por
intermédio da promoção de técnicas agrícolas sustentáveis de forma a mitigar e
reduzir as emissões de gases no campo. E a agricultura brasileira é um dos
setores econômicos nacionais comprometidos com a redução de emissões de gases
de efeito estufa.
No momento se busca a produção agrícola e pecuária que garanta mais renda ao
produtor, mais alimentos para a população e aumente a proteção ao meio
ambiente. Nos últimos anos, o governo federal deu um grande passo para que os
agropecuaristas verdadeiramente abracem a causa. Por meio do Programa ABC
(Agricultura de Baixo Carbono) incentiva a manter a alta produtividade no
campo, oferecendo condições para efetuar investimentos necessários e incorporar
as tecnologias alternativas ao longo do processo produtivo.
Financiando atividades tradicionais no campo, espera-se que o país dê um novo
salto de qualidade na produção rural, criando e ampliando mecanismos de
estímulo a práticas agronômicas que compatibilizem aumento de produção,
especialmente de alimentos, e respeito e preservação ambiental.
O Programa ABC atua em cinco frentes: recuperação de pastagens degradadas;
incentivo à formação de sistemas produtivos que integram lavoura, pecuária e
florestas; expansão do plantio direto; aumento das áreas cultivadas onde se
incentiva a fixação biológica de nitrogênio; e, finalmente, ampliação da área
com florestas plantadas. Toda atividade agrícola e pastoril que busque a
sustentabilidade pode ser incluída e, nos seus desdobramentos futuros, planos
de safras sucessivos também deverão incluir novos incentivos.
Os produtores contam com um limite de financiamento de R$ 1 milhão por
CPF, taxas de juros de 5,5% ao ano, com prazo para pagamento de 5 a 15 anos,
dependendo do projeto.
Nunca um governo ofertou tanto dinheiro ao agricultor! É preciso entender que
os agricultores devem, então, em contrapartida, aproveitar o incentivo
governamental para produzir mais!
Como um dos princípios da cooperativa é ofertar mecanismos para a evolução
rural, a Copagra firmou convênio com o Banco do Brasil para que os produtores
rurais associados tenham acesso facilitado para aderir ao Programa Agricultura
de Baixo Carbono. Para isso trouxe técnicos especializados no programa para
esclarecer e informar os gerentes, encarregados e técnicos agrícolas e
pecuários das unidades, das formas e meios de idealizarem os projetos. Em busca
de aumentar a divulgação, a cooperativa tem realizado reuniões com os
produtores, nas unidades, centros comunitários e outros, onde são apresentados
as formas de acesso às linhas de crédito. Com auxílio da área técnica das
unidades, oferta meios, como confecção de projeto técnico específico, a ser
apresentado a instituição bancária para liberação do capital. Espera-se que o
acesso ao crédito fique mais fácil.
Mesmo assim, há muitos produtores na região que ainda não conhecem essas linhas
de crédito. Para citar, até o momento, na agência do banco, instalado em Nova
Londrina, foram apresentados apenas três projetos que aguardam a liberação dos
recursos. Em outros locais, como Sapopema (Pr), agropecuaristas já
se beneficiam com ganhos de renda com a implementação de tecnologias que
garantam eficiência em suas propriedades. Um deles é Denis Leonel,
criador de gado, que soube como utilizar a área de assistência de uma
cooperativa e de agentes de crédito capacitados na hora de buscar financiamento
do Programa ABC. Ele financiou a aquisição de matrizes bovinas para sua
propriedade e o plantio de floresta. A cooperativa elaborou o projeto e ele
apresentou junto à agência do Banco do Brasil. O trâmite foi rápido. O dinheiro
entrou na conta e já está implementando o plantio de floresta junto com a
pecuária. Ele lembra que um dos fatores principais para a rapidez no
atendimento foi o auxílio dos técnicos na hora que pediu o crédito junto ao
banco.
De fato, o governo federal deu uma grande contribuição para agricultura
sustentável. Agora é preciso que os produtores rurais se envolvam neste
programa. Uma coisa é certa: ele não foi implantado para beneficiar este ou
aquele governo. Chegamos àquele momento da história em que diferenças
culturais, políticas e sociais tornaram-se secundárias diante de um desafio
maior. A cooperativa está fazendo sua parte, ajudando o governo e o Banco do
Brasil a divulgar e a difundir o projeto. É preciso abraçar o programa ABC,
porque com essa ajuda, estaremos contribuindo para que a fome não seja mais uma
ameaça a pairar sobre a humanidade.
Dr. Jonas Keiti Kondo
Presidente da Copagra
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