segunda-feira, 9 de novembro de 2015

PROJETO ABC: ótima oportunidade para os produtores rurais.

            A  agricultura brasileira tem mostrado sua força e vitalidade nos últimos anos, sendo indispensável para o crescimento da nação. Ela cada vez mais interfere nos mercados e impulsiona novos nichos de negócios. Para comprovarmos sua magnitude, basta recorrermos à produção brasileira de grãos que bate seguidos recordes. Com ela, alimentamos nosso povo e muitas outras nações.
            Mas como qualquer outra atividade, para sustentabilidade do planeta, é preciso reduzir as agressões ao meio ambiente e as emissões de gases poluentes. Assim, precisamos repensar nossa forma de produzir mais e de maneira sustentável, por intermédio da promoção de técnicas agrícolas sustentáveis de forma a mitigar e reduzir as emissões de gases no campo. E a agricultura brasileira é um dos setores econômicos nacionais comprometidos com a redução de emissões de gases de efeito estufa.
            No momento se busca a produção agrícola e pecuária que garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e aumente a proteção ao meio ambiente. Nos últimos anos, o governo federal deu um grande passo para que os agropecuaristas verdadeiramente abracem a causa. Por meio  do Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) incentiva a manter a alta produtividade no campo, oferecendo condições para efetuar investimentos necessários e incorporar as tecnologias alternativas ao longo do processo produtivo.
            Financiando atividades tradicionais no campo, espera-se que o país dê um novo salto de qualidade na produção rural, criando e ampliando mecanismos de estímulo a práticas agronômicas que compatibilizem aumento de produção, especialmente de alimentos, e respeito e preservação ambiental.
            O Programa ABC atua em cinco frentes: recuperação de pastagens degradadas; incentivo à formação de sistemas produtivos que integram lavoura, pecuária e florestas; expansão do plantio direto; aumento das áreas cultivadas onde se incentiva a fixação biológica de nitrogênio; e, finalmente, ampliação da área com florestas plantadas. Toda atividade agrícola e pastoril que busque a sustentabilidade pode ser incluída e, nos seus desdobramentos futuros, planos de safras sucessivos também deverão incluir novos incentivos.
            Os produtores contam com um limite de financiamento de R$ 1 milhão por  CPF, taxas de juros de 5,5% ao ano, com prazo para pagamento de 5 a 15 anos, dependendo do projeto.
            Nunca um governo ofertou tanto dinheiro ao agricultor! É preciso entender que os agricultores devem, então, em contrapartida, aproveitar o incentivo governamental para produzir mais!
            Como um dos princípios da cooperativa é ofertar mecanismos para a evolução rural, a Copagra firmou convênio com o Banco do Brasil para que os produtores rurais associados tenham acesso facilitado para aderir ao Programa Agricultura de Baixo Carbono. Para isso trouxe técnicos especializados no programa para esclarecer e informar os gerentes, encarregados e técnicos agrícolas e pecuários das unidades, das formas e meios de idealizarem os projetos. Em busca de aumentar a divulgação, a cooperativa tem realizado reuniões com os produtores, nas unidades, centros comunitários e outros, onde são apresentados as formas de acesso às linhas de crédito. Com auxílio da área técnica das unidades, oferta meios, como confecção de projeto técnico específico, a ser apresentado a instituição bancária para liberação do capital. Espera-se que o acesso ao crédito fique mais fácil.
            Mesmo assim, há muitos produtores na região que ainda não conhecem essas linhas de crédito. Para citar, até o momento, na agência do banco, instalado em Nova Londrina, foram apresentados apenas três projetos que aguardam a liberação dos recursos.  Em outros locais, como Sapopema (Pr), agropecuaristas  já se  beneficiam com ganhos de renda com a implementação de tecnologias que garantam eficiência em suas propriedades.  Um deles é Denis Leonel, criador de gado, que soube como utilizar a área de assistência de uma cooperativa e de agentes de crédito capacitados na hora de buscar financiamento do Programa ABC. Ele financiou a aquisição de matrizes bovinas para sua propriedade e o plantio de floresta. A cooperativa elaborou o projeto e ele apresentou junto à agência do Banco do Brasil. O trâmite foi rápido. O dinheiro entrou na conta e já está implementando o plantio de floresta junto com a pecuária.  Ele lembra que um dos fatores principais para a rapidez no atendimento foi o auxílio dos técnicos na hora que pediu o crédito junto ao banco.
            De fato, o governo federal deu uma grande contribuição para agricultura sustentável. Agora é preciso que os produtores rurais se envolvam neste programa. Uma coisa é certa: ele não foi implantado para beneficiar este ou aquele governo. Chegamos àquele momento da história em que diferenças culturais, políticas e sociais tornaram-se secundárias diante de um desafio maior. A cooperativa está fazendo sua parte, ajudando o governo e o Banco do Brasil a divulgar e a difundir o projeto. É preciso abraçar o programa ABC, porque com essa ajuda, estaremos contribuindo para que a fome não seja mais uma ameaça a pairar sobre a humanidade.


Dr. Jonas Keiti Kondo

Presidente da Copagra

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