Hoje a Copagra é uma realidade. Mas tudo iniciou de
um sonho no início da década de 60, quando um grupo de agricultores almejava
mais; algo que pudesse agregar maior valor ao seu produto; uma associação que
os representasse e os beneficiasse. Assim, o que então era sonho, crença e
oportunidade, se transformou numa cooperativa com grande potencial de
crescimento no setor agrícola.
E, em 18 de novembro de 1962, a Copagra iniciou
suas operações, muito bem por sinal. No começo pairavam, ainda, dúvidas e
receios, dada a responsabilidade de cada um em manter o negócio vivo e, ao
mesmo tempo, ir além, fazê-lo crescer e andar com as próprias pernas, como
diziam. Graças ao estilo de administrar de Leonardo Spadini (flexível,
conciliador, mas determinado), todos se comprometeram e cada um fez a sua
parte, com igual determinação e empenho. O que era dúvida e receio deu lugar a
coragem e a determinação de todos os envolvidos. Como se fosse uma grande
orquestra. Sem solista! Apenas o maestro e os músicos. Associados e diretores
se esforçavam ao máximo para atender as rigorosas regras estipuladas pelo
mercado na venda de café.
Durante anos, a cooperativa restringiu sua área de
ação nas imediações de Nova Londrina. Mas, os negócios começaram a se expandir
e cada vez mais agricultores acreditaram nessa organização. Assim houve a
contratação de mais funcionários, expansão da área de ação, abertura de novos
empreendimentos. Na agricultura, os métodos não muito eficientes de condução da
lavoura cederam espaço às modernas tecnologias. Com o desenvolvimento da
cooperativa, modelo de organização social e econômico, foi possível oferecer
benefícios aos associados, que resultaram no aumento de produção, regularização
de preços dos insumos e dos produtos recebidos. Deste modo, a cooperativa
cresceu e por aqui muitos passaram e deram parcelas de contribuição, cada qual
ao seu modo...
Veio a atual diretoria, enxergando todos estes
acontecimentos: passado, presente e futuro. Motivada num clima de novos
caminhos, novos ideais, e pensamentos de expansão e incentivo de todos os
envolvidos. Embasada numa política cooperativista, tem procurado imprimir uma
gestão inspirada nos princípios cooperativistas. Desta forma estimula uma
dinâmica democrática de decisões. Frequentemente verifica-se nos corredores da
cooperativa, sempre “fervilhados”, associados discutindo propostas,
“tropeçando” até em pessoas que buscam lugar em reuniões. Enfim exercendo o
espírito cooperativo de administrar, ouvindo os anseios dos associados. É a
chamada gestão participativa! Pior seria se ao invés disso tivéssemos o
silêncio da gestão.
É uma preocupação da atual diretoria e dos
conselheiros de administração e fiscal o futuro dos associados. O homem terá
que se decidir pela melhoria da qualidade de vida. Não há mais espaço para
atitudes de irresponsabilidade política e social. O cooperativismo também
deverá se voltar para este ideal. A cooperativa e seus associados têm de buscar
ações para produzir de forma limpa, para deixar o planeta mais saudável.
Administrar uma cooperativa nos tempos de hoje vai
além do ato de empreender.
Com estudo, planejamento e trabalho, inaugura-se
uma nova era na Copagra. Além de crescer verticalmente, não só no faturamento,
mas na responsabilidade social de cada associado com a instituição.
Sabe-se que a gestão da terra — sua forma de
distribuição e utilização — foi o elemento chave no sucesso da cooperativa e
neste contexto espera-se aperfeiçoá-la, pois a expansão horizontal não é
ilimitada e há uma grande demanda pelo aumento da população dos associados.
Hodiernamente fala-se que o mundo está próximo do
seu limite da produção, pois as terras estão praticamente ocupadas em sua
totalidade e para suplantar este obstáculo deve-se investir maciçamente no
aumento da produtividade, o que exige um agricultor muito bem preparado em
termos de conhecimento de tecnologia, manejo da terra e administração. Investir
em conhecimento, portanto, deve ser o item principal e permanente nos próximos
anos.
A complexidade dos negócios vai exigir uma
cooperação maior do associado que deve dar ênfase especial na formação
cooperativista de todos os envolvidos com a Copagra. Isso é estratégico para a
permanência e desenvolvimento, mantendo a unidade, elemento chave do sucesso.
Hoje os jovens buscam outras formas de
sobrevivência que não são próprias da agricultura ou pecuária e exige-se no
futuro refletir e agir nesse sentido, como coparticipante ou mesmo
protagonista, de maneira a mantê-lo no campo, com diferentes atividades
econômicas e de forma tenham acesso aos bens e serviços que hoje são
disponibilizados somente nos grandes centros urbanos.
A Copagra terá que saber muito bem onde investir
individualmente e coletivamente as economias, o tempo e a energia. Saber para
onde canalizar os esforços, onde poupar, onde mudar, onde priorizar e isso é um
trabalho delicado que exige muito diálogo, muito estudo, aprofundamento. Cada
associado deve agir como um diretor, ser proativo, buscar e encampar soluções
adequadas.
Pode-se notar que este 18 de novembro será todo
especial, pois nele estamos comemorando o passado e anunciando o futuro. Futuro
que iremos construir coletivamente, cooperativamente, com a ajuda de todos os
cooperados. Futuro planejado por nós. Neste momento comemoram-se os 49 anos da
Copagra, mas festejaremos com força e emoção no cinqüentenário.
Parabéns a todos pelos 49 anos da nossa
cooperativa!! A cooperativa não chegaria até aqui sem a colaboração dos
legítimos cooperados!
Muito obrigado pela confiança de todos!
Jonas Keiti Kondo
Presidente da Copagra
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