segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Copagra: passado, presente e futuro

Hoje a Copagra é uma realidade. Mas tudo iniciou de um sonho no início da década de 60, quando um grupo de agricultores almejava mais; algo que pudesse agregar maior valor ao seu produto; uma associação que os representasse e os beneficiasse. Assim, o que então era sonho, crença e oportunidade, se transformou numa cooperativa com grande potencial de crescimento no setor agrícola.
E, em 18 de novembro de 1962, a Copagra iniciou suas operações, muito bem por sinal. No começo pairavam, ainda, dúvidas e receios, dada a responsabilidade de cada um em manter o negócio vivo e, ao mesmo tempo, ir além, fazê-lo crescer e andar com as próprias pernas, como diziam. Graças ao estilo de administrar de Leonardo Spadini (flexível, conciliador, mas determinado), todos se comprometeram e cada um fez a sua parte, com igual determinação e empenho. O que era dúvida e receio deu lugar a coragem e a determinação de todos os envolvidos. Como se fosse uma grande orquestra. Sem solista! Apenas o maestro e os músicos. Associados e diretores se esforçavam ao máximo para atender as rigorosas regras estipuladas pelo mercado na venda de café.
Durante anos, a cooperativa restringiu sua área de ação nas imediações de Nova Londrina. Mas, os negócios começaram a se expandir e cada vez mais agricultores acreditaram nessa organização. Assim houve a contratação de mais funcionários, expansão da área de ação, abertura de novos empreendimentos. Na agricultura, os métodos não muito eficientes de condução da lavoura cederam espaço às modernas tecnologias. Com o desenvolvimento da cooperativa, modelo de organização social e econômico, foi possível oferecer benefícios aos associados, que resultaram no aumento de produção, regularização de preços dos insumos e dos produtos recebidos. Deste modo, a cooperativa cresceu e por aqui muitos passaram e deram parcelas de contribuição, cada qual ao seu modo...
Veio a atual diretoria, enxergando todos estes acontecimentos: passado, presente e futuro. Motivada num clima de novos caminhos, novos ideais, e pensamentos de expansão e incentivo de todos os envolvidos. Embasada numa política cooperativista, tem procurado imprimir uma gestão inspirada nos princípios cooperativistas. Desta forma estimula uma dinâmica democrática de decisões. Frequentemente verifica-se nos corredores da cooperativa, sempre “fervilhados”, associados discutindo propostas, “tropeçando” até em pessoas que buscam lugar em reuniões. Enfim exercendo o espírito cooperativo de administrar, ouvindo os anseios dos associados. É a chamada gestão participativa! Pior seria se ao invés disso tivéssemos o silêncio da gestão.
É uma preocupação da atual diretoria e dos conselheiros de administração e fiscal o futuro dos associados. O homem terá que se decidir pela melhoria da qualidade de vida. Não há mais espaço para atitudes de irresponsabilidade política e social. O cooperativismo também deverá se voltar para este ideal. A cooperativa e seus associados têm de buscar ações para produzir de forma limpa,  para deixar o planeta mais saudável.
Administrar uma cooperativa nos tempos de hoje vai além do ato de empreender.
Com estudo, planejamento e trabalho, inaugura-se uma nova era na Copagra. Além de crescer verticalmente, não só no faturamento, mas na responsabilidade social de cada associado com a instituição.
Sabe-se que a gestão da terra — sua forma de distribuição e utilização — foi o elemento chave no sucesso da cooperativa e neste contexto espera-se aperfeiçoá-la, pois a expansão horizontal não é ilimitada e há uma grande demanda pelo aumento da população dos associados.
Hodiernamente fala-se que o mundo está próximo do seu limite da produção, pois as terras estão praticamente ocupadas em sua totalidade e para suplantar este obstáculo deve-se investir maciçamente no aumento da produtividade, o que exige um agricultor muito bem preparado em termos de conhecimento de tecnologia, manejo da terra e administração. Investir em conhecimento, portanto, deve ser o item principal e permanente nos próximos anos.
A complexidade dos negócios vai exigir uma cooperação maior do associado que deve dar ênfase especial na formação cooperativista de todos os envolvidos com a Copagra. Isso é estratégico para a permanência e desenvolvimento, mantendo a unidade, elemento chave do sucesso.
Hoje os jovens buscam outras formas de sobrevivência que não são próprias da agricultura ou pecuária e exige-se no futuro refletir e agir nesse sentido, como coparticipante ou mesmo protagonista, de maneira a mantê-lo no campo, com diferentes atividades econômicas e de forma tenham acesso aos bens e serviços que hoje são disponibilizados somente nos grandes centros urbanos.
A Copagra terá que saber muito bem onde investir individualmente e coletivamente as economias, o tempo e a energia. Saber para onde canalizar os esforços, onde poupar, onde mudar, onde priorizar e isso é um trabalho delicado que exige muito diálogo, muito estudo, aprofundamento. Cada associado deve agir como um diretor, ser proativo, buscar e encampar soluções adequadas.
Pode-se notar que este 18 de novembro será todo especial, pois nele estamos comemorando o passado e anunciando o futuro. Futuro que iremos construir coletivamente, cooperativamente, com a ajuda de todos os cooperados. Futuro planejado por nós. Neste momento comemoram-se os 49 anos da Copagra, mas festejaremos com força e emoção no cinqüentenário.
Parabéns a todos pelos 49 anos da nossa cooperativa!! A cooperativa não chegaria até aqui sem a colaboração dos legítimos cooperados!

Muito obrigado pela confiança de todos!
            Saudações cooperativistas!

Jonas Keiti Kondo

Presidente da Copagra 

Nenhum comentário:

Postar um comentário